03 maio 2010

I amsterdrunk

O melhor das tulipas holandesas é que elas vêm com três dedos de colarinho. Mas Amstel e Heineken que me perdoem: foi com um bar belga que Amsterdã me ganhou pelo fígado. Entre canais e coffee shops, encasacados fumam do lado de fora do DE ZOTTE, e avisam que lá dentro a birita é forte e o rock é alto. Então você entra. Entra, porque a noite vai dar cacho. E logo, porque o bar é concorrido.

Turistada free, o boteco tem no máximo dez mesas, um balcão com bancos em volta e algum espaço para muita gente de pé. Engradados de algumas das melhores cervejas já fermentadas no mundo decoram o salão, e 'bolachas gigantes' nas paredes fazem brilhar os olhinhos de colecionadores como eu.

O rock'n'roll come solto. Se a memória deixasse, listaria a trilha de uma noite ideal. Só sei que Strokes estava lá, nas alturas como tem que ser, mas sem te deixar rouco no dia seguinte de tanto esganiçar a voz para conversar.

Quem chega cedo e com fome consegue forrar o estômago bonito. São pratos 'de sustância', digníssimos de quem pretende ficar bêbado com elegância. Cheguamos tarde, mas tive vontade de jantar de novo. Para acompanhar a cerveja tem amendoim e salaminho. As garçonetes sorridentes vão achar estranho, mas pode pedir um limãozinho para o aperitivo que elas fatiam na hora pra você.

Em uma viagem de 5 dias ao país, fizemos questão de voltar ao bar mais uma noite para a saideira. Fomos de Kwak, Brigand, La Chouffe, Brugse Zot, La Guilotine e Maredsous, pra lembrar de algumas. Recomendo todas. Só não inventa de ir embora de bicicleta.
Por Karen Freire / Fotos: Thiago Tudesco

Raamstraat 29
Amsterdã, Holanda
Aberto de seg. a sex. das 16h à 01h e sáb. e dom. das 16h às 03h
Chegando: vá de tram até a Leidseplein e siga o mapa